Se o tempo não para..
então corre..
Se os olhos não cegam..
então contempla..
Se a voz não se cala..
então fala..
Segue.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Apêndice.
Agora sei quem és..
Aliás, sempre soube..
Só não me apercebi que habitavas em mim..
Só não me apercebi que rasgavas a pele para me poderes tocar.
Só não me apercebi que...
Coexistimos num espaço comum..
Eu.
Aliás, sempre soube..
Só não me apercebi que habitavas em mim..
Só não me apercebi que rasgavas a pele para me poderes tocar.
Só não me apercebi que...
Coexistimos num espaço comum..
Eu.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Xisto.
Foi um desarme afectivo..
Assim que deixei de sentir..
Senti-me uma pedra, uma pedra de riacho que subsiste e resiste contra a passagem constante da água sobre mim. Uma pedra. Senti-me teimoso, mas leve, nada pesado, não obstante.. uma pedra.
Podiam pegar-me, podiam atirar-me, podia deslizar sobre a água antes de me afundar novamente nela.. antes de resistir novamente á passagem constante da água sobre mim.. uma pedra.
Uma pedra.
Em leves repetições, mostro-me orgulhoso e teimoso.. como uma pedra. Resisto á agua que passa constantemente sobre mim.. leve, nada pesado, tambem posso deslizar sobre ela assim que me atiram, antes de me afundar novamente.
Antes de me afundar novamente nela..
Uma pedra.
Assim que deixei de sentir..
Senti-me uma pedra, uma pedra de riacho que subsiste e resiste contra a passagem constante da água sobre mim. Uma pedra. Senti-me teimoso, mas leve, nada pesado, não obstante.. uma pedra.
Podiam pegar-me, podiam atirar-me, podia deslizar sobre a água antes de me afundar novamente nela.. antes de resistir novamente á passagem constante da água sobre mim.. uma pedra.
Uma pedra.
Em leves repetições, mostro-me orgulhoso e teimoso.. como uma pedra. Resisto á agua que passa constantemente sobre mim.. leve, nada pesado, tambem posso deslizar sobre ela assim que me atiram, antes de me afundar novamente.
Antes de me afundar novamente nela..
Uma pedra.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Compasso.
Sou atraido por ruas desertas.. há um certo magnetismo que me conjura. Consigo sentir a presença de pessoas, mesmo sem as ver, há algo que fica no ar que as distingue. Há vozes que vivem nos ecôs e cheiros que habitam nas paredes, eu sei, porque as ouço, sei, porque os cheiro..
O abismo presente nas pedras da calçada, desloca-se ao mesmo ritmo que eu, sem sombra, é quem me acompanha no vazio destas ruas, está presente na vossa ausência, está ao meu lado, á minha frente, é todo ele omnipresente.
Atrai-me como mosca no mel.
Sinto-me leve, o silêncio ajuda, o vazio preenche.. o deserto corrompe, o desejo compromete.
O abismo presente nas pedras da calçada, desloca-se ao mesmo ritmo que eu, sem sombra, é quem me acompanha no vazio destas ruas, está presente na vossa ausência, está ao meu lado, á minha frente, é todo ele omnipresente.
Atrai-me como mosca no mel.
Sinto-me leve, o silêncio ajuda, o vazio preenche.. o deserto corrompe, o desejo compromete.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Arde.
Divididos por ondas de fumo.. eu cravado na parede sórdida e bolorenta, tu, em gemidos decadentes fruto de um fogo recente.. não fui apenas eu que atiei este fogo, fomos nós!
Aqui, sou apenas testemunha, tu, és o prato principal.. o cheiro a carne queimada invade a sala, entranha-se no meu corpo, há uma fusão entre nós, como houve em tantas outras ocasiões, esta menos carnal, mais superficial, mais efémera.. pelo menos só enquanto a tua carne arde nesse fogo que te consome.
Um dia, disse-te.. acho que não ouviste.. é fácil sermos consumidos pelo medo, mais ainda pelas chamas.. mas e o espirito? será que se torna fumo? e se o respiro? será que te absorvo?
Aqui, sou apenas testemunha, tu, és o prato principal.. o cheiro a carne queimada invade a sala, entranha-se no meu corpo, há uma fusão entre nós, como houve em tantas outras ocasiões, esta menos carnal, mais superficial, mais efémera.. pelo menos só enquanto a tua carne arde nesse fogo que te consome.
Um dia, disse-te.. acho que não ouviste.. é fácil sermos consumidos pelo medo, mais ainda pelas chamas.. mas e o espirito? será que se torna fumo? e se o respiro? será que te absorvo?
Regresso.
Estranhamente e depois de uma temporada sem agarrar nas palavras, decidi voltar a escrever.. foi um impulso que me deu.. a fotografia tem sido o meu escape principal, mas acho que ainda tenho algo a dizer que não vem contido nas imagens....
a rever!
a rever!
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