Dois estranhos, uma noite silenciosa a dois.
Se o silêncio é o paraíso, então enganámo-nos.
Vimos o fogo a desaparecer num pestanejar, lambemos as cinzas e na noite seguinte desejámos nunca mais voltar. Se o silêncio é o paraíso, então enganámo-nos.
Num breve despertar, perdemo-nos na hora de gostar, num beijo violento, faltou-nos o ar. Se o silêncio é o paraiso, então enganámo-nos.
Sentimos a chuva a cair, olhámos o horizonte e deixámos de nos ouvir, foi bom por uma vez fugir. Se o silêncio é o paraíso, então enganámo-nos.
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