domingo, 5 de fevereiro de 2017

Minos.

Ainda há quem deixe migalhas para se encontrar, ser encontrado ou não se perder do caminho de casa? E num labirinto, um fio ainda vale ouro, se marcar a entrada, o ponto de partida, para aquele que procurando derrotar minotauros, não se perder? Há que saber observar, apreciar, seguir e no fundo gostar de descobrir as pistas que são deixadas, e naquele bom beijo que deixa muita gente perdida mas com gosto, nada acima referido serve. No viver simples, há ouro, mas poucos são bandidos o suficientes para o perceber, no entanto, esses acabam por ser aqueles que são capazes de roubar os melhores beijos, certo? talvez. Ainda assim, o tempo não entrega nada de bandeja, pelo contrário, é melhor a roubar do que a oferecer, nas complexidades e teias com que nos vai presenteando, meio puzzle meio quebra cabeças, desfaz e refaz fortalezas e homens, muros e campos, na imortalidade do mesmo existe a tirania do sempre, do infinito que ainda desconhecemos porque nós próprios finitos sucumbimos sempre aos seus designios. E como ficam os minotauros? na solidão de labirintos, escuros, á espera que os venham encontrar, defrontar ou apenas conversar, como passam o tempo? ou melhor, como passa o tempo por eles? ambos. Esperam, á espreita, no escuro, ouvem e desdenham por ouvir e ver. ambos.

Sem comentários:

Enviar um comentário