terça-feira, 29 de novembro de 2016

Ça Va.

As banalidades de hoje aliadas á boçalidade de amanhã fazem uma união pérfida de delírios ignorantes sem finalidades saudáveis. Correm-se riscos ao abrir a boca e dar uso á língua, as línguagens perdem-se nas estrangeirices, nas carneiradas de grupos sem autonomia que sobrevivem de lambebotismo e servilismo canídeo. Brindam a isto, os que brindam a isto, a este mundo corrupto e sem norte, são os senhores que calçam as botas mais brilhantes de todas, mil línguas se debruçam sobre elas, essas mil línguas que tentam por toda a maneira e feitio lamber profissionalmente na esperança de conseguirem mais umas migalhas que lhes afaguem o êgo, felizes parecem, de joelhos e cotovelos no chão, como cães, como cães que procuram segurança num dono qualquer. Sem orgulho. Os pequenos desgostos acumulam-se e acentuam-se, unidos, fortes ficam, e como chamas alimentam as colunas que não de madeira, marcham á procura de justiça, e ai de quem se atrevesse no seu caminho, unidos como estão, e ao passe que tomam, nada servirá de obstáculo, nenhum bloqueio atrasará estas vontades acumuladas que ardem e alimentam a esperança por novos dias, os campos que um dia floriram mas que agora desertos estão, voltarão a florir, essas flores servirão de mensagem a todos que as consigam ler e que muito carinhosamente reflectem destinos alimentados por vontades.

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